2009- 01/11- Paisagem Especulada



DIA 01 .11  DOMINGO, A PARTIR DAS 10H DA MANHÃ
PRAIA DO PÂNTANO DO SUL


Vamos esculpir na areia ao longo da praia as palavras “PAISAGEM ESPECULADA”em letras gigantescas, para que nossa obra de “arte efêmera” produzida de forma coletiva gere um efeito visual imponente e forte como a mensagem que ela contêm, e possa de registrada por via aérea. A frase sintetiza da melhor maneira o que pensamos sobre a situação que a cidade e nossa região vive nos últimos anos.

Para concretizarmos esse desafio, vamos precisar de muitas pessoas bem dispostas, equipadas com pás de todos os tamanhos e formas, enxadas, ancinhos, baldes e latas, enfim qualquer ferramenta boa para cavar os traços das letras na areia.

A escolha deste local foi baseada na tensão entre a especulação imobiliária e os anseios da maioria da comunidade da região para preservar a Planície do Pântano do Sul, transformando-a em um parque natural protegido, blindando esta relíquia diante da destruição certa.

Adotamos a cor amarela para o evento e ficará visualmente ainda mais interessante se as pessoas puderem vestir roupas amarelas (calça, ou camiseta, vestido, boné, etc...).

Esperamos contar com sua presença e de todas as pessoas que você possa trazer junto!!!





E o Diário Catarinense publicou...inclusive mostrando o mapa dos empreendimentos!

2 de novembro de 2009 | N° 8611- Click RBS

MEIO AMBIENTE

Paisagem artística e preservada no Sul

Moradores da Capital e ambientalistas protestam contra a construção de novos empreendimentos imobiliários

Os moradores do Pântano do Sul, em Florianópolis, fizeram uma interferência artística e ambiental nas areias do balneário ontem de manhã. Na beira da praia, eles esculpiram com letras gigantescas as palavras “paisagem especulada”. A manifestação é em prol da criação de um parque no extremo-sul da Ilha.

Com enxadas, pás e baldes os participantes trabalharam cerca de três horas para cavar as palavras, em uma extensão de 700 metros, que manifestam sua insatisfação.

Eles temem a construção de dois novos empreendimentos imobiliários na planície inundada, que fica próxima ao mar, na praia do Pântano do Sul, e querem frear a expansão urbana na região.

– A frase escolhida é a representação simbólica de uma batalha que está sendo travada para impedir a implantação de megaempreendimentos imobiliários que ameaçam a paisagem e a qualidade de vida de todos nós – resumiu Gert Schinke, representante do Núcleo Distrital do Plano Diretor do Pântano do Sul.

Para proteger a planície das novas construções, os moradores e ambientalistas trabalham a favor da criação do Parque Natural Pântano do Sul e da preservação da Floresta Umbrófila Úmida.


Proposta do parque foi lançada há quatro anos

– Estes empreendimentos serão construídos em cima de áreas que, hoje, estão em avançado estágio de regeneração de restinga, ecossistema associado à Mata Atlântica e um dos biomas mais agredidos do país. É importante que a gente preserve este bem natural – completou.

O lançamento da proposta para a criação da Unidade de Conservação (UC) aconteceu em 2005, em meio à discussão do Plano Diretor Distrital. Neste mesmo ano, a proposta foi encaminhada para o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, onde passa por análise técnica.

– Estes projetos imobiliários vão agredir a biodiversidade da planície, acentuar ainda mais a escassez de água potável, agravar os problemas de saneamento e congestionar o trânsito – enumerou Schinke.

Também participaram da atividade integrantes do Grupo Rosa dos Ventos, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Instituto para o Desenvolvimento de Mentalidade Marítima (Inmmar) e Cine-Clube Armação.
NANDA GOBBI